Não
são apenas os gigantes marinhos que cruzam nossos caminhos. Pequenas
criaturas também aparecem em nossas aventuras.
Esse
simpático pardal compartilhou conosco um lanche na Galeria Uffizi,
em Florença. Após percorrermos quilômetros de corredores e salas
cheios de obras lindíssimas, estávamos tomando um refrigerante e
comendo um lanche quando recebemos uma visita de um dos muitos
pardais que estavam pulando de mesa em mesa no pátio do restaurante.
Tranquilamente, como um velho conhecido, aproximou-se e saboreou da
mão da Nilza alguns bocadinhos de pão. Não sei se a senhora ao
fundo ficou mais admirada do pardal ou do casal de cadeirantes.
Por sinal, o prédio do museu, por si só, é lindo e acessível. Chega-se à lanchonete por meio de uma plataforma elevatória. Vale a visita.
Mas,
vamos voltar ao assunto de hoje, para apresentar a vocês, outro
bichinho que se encantou com a Nilza: esse quati, no mirante da Serra
do Rio do Rastro. Mesmo encantados com a
paisagem e com a visão da estrada que tínhamos acabado de
percorrer, o quati conseguiu desviar nossa atenção. Chegou perto,
brincou um pouco, acho que mais interessado em ganhar alguma
guloseima do que naqueles turistas diferentes sobre rodas. Logo
muitos outros foram chegando, chegando e, quando percebemos, havia
uma grande família de quatis correndo por ali. De volta para o
carro, tivemos que fechar a porta rapidamente para que uns quatro ou
cinco não voltassem conosco para Florianópolis.
Lugar também deslumbrante com sua beleza natural e com uma bela infraestrutura para cadeirantes.
Em
casa, onde vivemos nossas aventuras diárias, também não faltam
bichinhos para a Nilza agradar ou para agradar a Nilza. Esse
beija-flor foi uma “quase” vítima da Nina, quando ela ainda
tinha ânimo para caçar. Hoje prefere a comodidade do potinho de
ração. Um dia, a Nina entrou em casa com esse beija-flor na boca,
toda feliz. Foi difícil convencê-la a soltar o passarinho e
despistá-la enquanto cuidávamos dele com água doce. Levamos a uma clínica
veterinária que, sendo impossível fazer com que ele pudesse voltar
a voar normalmente, prometeu levá-lo para um viveiro em que poderia
ficar seguro e bem tratado.
Já
que falamos dela, aí está a Nina. Ela é nossa companheira de todos
os dias e só não nos acompanha nas viagens porque é muito
sistemática.
Tudo
isso me lembrou nosso querido Francisco de Assis e sua linda cidade
medieval plantada sobre a colina. Mas essa, é outra história.