Instalados em Florença (qualquer
dia eu posto umas fotos do hotel), partimos no dia 14/10/2013, para conhecer
San Giminignano, uma cidade medieval preservada no meio da Toscana.
Mas, primeiro, tínhamos que encontrá-la.
Nunca errei tantos caminhos quanto aquela manhã. Já de início perdemos o
roteiro que eu tinha preparado a partir da internet. Depois não havia o que
fizesse aparecer a cidade.
Depois de muito dar voltas, o
que, confesso, não é de todo ruim se for pelas estradas ladeadas de parreiras e
oliveiras carregadas da Toscana, encontramos San Giminignano e suas muralhas.
Aí veio o outro problema:
estacionar nosso valente companheiro motorizado. Ao redor da cidade existem vários bolsões
de estacionamento que, quando chegamos, já estavam lotados. Depois de várias
voltas ao redor das muralhas (já estava me sentindo um invasor viking),
entramos, não sei como, por uma rua que nos levou praticamente ao centro da
cidade e onde surgiu do nada um espaço para estacionarmos (se pudesse, tinha ajoelhado
para agradecer).
Invadimos a cidade!!! Mas não éramos os únicos, turistas por toda parte.
Estávamos perto, mas não estávamos
exatamente no centro, que era onde queríamos ir. E se as ladeiras de Portofino
eram inclinadas, as de San Giminignano eram um exagero.
As cidades medievais,
normalmente, por questões de segurança, eram construídas sobre montes e não
tinham a mínima preocupação com a acessibilidade. Mas, lá fomos nós. Vikings são guerreiros valentes.
No caminho, paramos num banheiro
público adaptado e incrustado na muralha. Não era medieval, mas foi muito
bem-vindo.
Continuamos subindo, ou tentando.
Certos caminhos eram muito íngremes até para nossa vontade de conhecer o mais
possível daquele lugar que parecia saído de filmes como O Nome da Rosa. No
entanto, de repente, por duas vezes, nossas cadeiras se tornaram mais leves e a subida mais fácil. Obra de dois casais de turistas que, do mesmo jeito silencioso que chegavam, partiam, deixando somente sorrisos como apresentação.
Tanta gentileza que nos ajudou a chegar na praça central, onde almoçamos
com direito a pecorino com mel como antepasto e o inevitável vinho.
Esse foi a única cidade em que
tivemos problemas para nos locomover com as cadeiras. Mas é justificável por
ser uma cidade muito antiga e patrimônio histórico. Mas as dificuldades vieram
somente da inclinação das ruas, já que elas não apresentavam outro tipo de obstáculos,
do tipo degraus, pedras ou buracos. E havia banheiros adaptados.
Linda e cansativa viagem pelo passado,
mas valeu a pena. Tanto que ao fim da tarde já nem estava tão bravo por causa
das reviravoltas da manhã. E não errei muito na volta para Florença.
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