San Gimignano é um mergulho na
história. Lajatico na arte. Florença é uma síntese de arte e história.
A programação do terceiro dia na
Toscana, 16/10/2013, era percorrer o centro histórico de Florença “a pé”.
Seriam aproximadamente 2,5 km desde a Basílica de Santa Croce até nosso hotel.
Sem pressa, saboreando Florença e, talvez, um sorvete.
Fomos em um táxi até o ponto de
partida da aventura. Essa é uma dica interessante: a visita aos centros
históricos é muito mais fácil se feita de táxi, porque as ruas são estreitas,
boa parte delas tem o trânsito restrito e é muito difícil encontrar uma vaga
para estacionar. Lições de nossa visita anterior a Roma.
Começamos pela Basílica de Santa
Croce, maravilhosa igreja franciscana onde estão enterrados Galileu,
Michelangelo, Maquiavel. Imaginem se não fiquei deslumbrado.
O acesso para as
cadeiras é feito por uma rampa lateral, o que permite vencer a enorme escadaria
frontal e não oferece dificuldades.
A praça defronte à Basílica, vista de cima da escadaria, é cheia de
barraquinhas que vendem lembranças turísticas e que escondem os casarões
seculares. De um certo modo, o movimento remete aos tempos heroicos da República
Florentina.
Dali fomos pelas ruas planas e
sem obstáculos significativos. Seguimos até o Palazzo Vecchio, antiga “prefeitura”
na época de Maquiavel, almoçamos na praça, fomos até o majestoso Duomo, que é a
catedral de Florença. Depois da parte religiosa, a parte mundana na Ponte Vecchio
e suas lojas com vitrines reluzentes de ouro. Tudo isso com pleno acesso. Mas
com um pouquinho de suor.
A Ponte Vecchio serviu para
atravessarmos o rio Arno, que corta a cidade. Travessia necessária para
podermos chegar até o hotel. Fomos margeando o rio, embora as calçadas
apresentassem um pouco mais de dificuldade e o muro não permitisse que víssemos
o rio. Além disso, como nessa parte existe trafego de veículos, atravessar as ruas se tornou mais complicado. Mas, sempre que surgia uma outra ponte, íamos até o meio para fotografar
a cidade, o rio e suas pontes.
Levamos praticamente o dia todo
para fazer o percurso e, considerando os desvios, caminhamos bem mais que os
2,5 km.
Chegamos cansados ao fim do dia,
mas com uma sensação gostosa de ter atingido um objetivo, cumprido um plano. E acho
que dificilmente Florença já havia presenciado um casal de cadeirantes se
divertindo tanto pelas suas ruas.
Apesar do cansaço, tínhamos ainda que
sair para jantar e nos preparar para ir para Assis no dia seguinte. Mas, essas,
são outras histórias.
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